13.10.07

Lili Berra

A menina Lili,
linda:
Grita!
Berra!
Urra!

O que busca
a Lili menina?

A libérrima liberdade
do vôo furtacor
da libélula.

Liberte-se, mulher!
Você já tem todas as cores,
a paleta
e o pincel.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não ser a libélula por enquanto...
Antes, arrastar-se pelo chão:
lagarta colorida, por vezes, temida (esperança de vôos maiores?). O chão duro ensina a frágil lagarta que o caminho pode não ser suave. E a pequena ensaia, sinuosamente, os passos para a liberdade que não almeja, por que não sabe de sua existência! E seu mundo continua sendo o de pedras, poeira, gramados frescos, folhas secas, gravetos, pontas de cigarros, pedaços de carta de amor, tampinhas de garrafa... mas ela não o lamenta. Mas, contudo, descobre em si uma pontada de tristeza, um tom cinza que de algum lugar sai, sombreando o sol que insiste em nascer!

Anônimo disse...

seu poema que mais me fez ver uma realidade decores na mente de Lili, o grito por liberdade é uma tela impressionista e também (muito mais até) expressionista.
nossas escolhas estão sempre dentro de nós, o caminho certo é nós que dizemos. a liberdade é o quadro que pintamos, essa é a melhor sugestão do eu lírico à Lili e a mim que o leio, que sou Lili portanto...

outro seu poema "cometido" que me chamou a atenção foi "bolar a bola". o poema em versos curtos e orações coordenadas cria o efeito estético interessante dos clipes de filmes com imagens sobrepostas, mais ou menos como um trailler. a vida vira um recorte, curto recorte, porém extremamente significativo: (a própria estrutura do verso enfatiza a duração do poema) na vida nada se perde, tudo depende da abordagem que fazemos dela. parabéns por seus poemas, são bons eu gostei mesmo e, é claro, obrigado por ter entrado em contato comigo e pelos seus comentários, isso me ajuda a construir uma poesia nova. abraços

 
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