A paz, guerreira, é um esquecimento de si
um abandono das verdades que carregamos dentro
uma suspensão do certo e do errado
um tirocínio sem julgamento
É com a chuva, matar a sede
com o estio, caiar um muro
com o vento, zarpar
com a calmaria, afeiçoar-se
Não se luta contra a realidade
ela é o que é
é pegar ou largar
pegue-a
de tudo junte a ele a simbólica inscriçãoFaça dela seu estandarte
de dor e prazer
de surpresas e tédiosE ria se alegre
e chore se triste
e ame se apaixonada
e grite se dói
viva, enfim, enquanto viva estiver
Depois, possa você sorrir
porque viveu a vida que tinha de ser
porque viveu a vida que tinha de ser