E se eu fosse poeta
e tivesse somente um minuto
para o primeiro e último poema?
Antes, poeta não seria,
ou, se fosse, seria um sem poemas,
posto que não os havia escrito nenhum
até o momento dessa ideia doida
de poema de minuto.
No entanto, como sucede a todo poeta que se preza
e que escreve na primeira pessoa,
o poema seria personalíssimo,
sanguíneo,
mucoso e, para dizer o comum,
visceral.
Mas o fato é que este poeta catou o minuto
e não, ao contrário, foi por ele colhido.
De modo que o poema se apresenta esbatido em tons violáceos.
Sem sangue, portanto,
mucos
ou vísceras.
Um poema que,
como os demais poemas,
passou-se em um minuto,
bestamente.
1.3.09
Poema de Minuto
Postado por
Unknown
às
7:46 AM
Marcadores: alimento, metalinguagem, realidade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
para um poeta o ultimo suspiro é suficiente para deixar sua paixão num verso...eu sempre te achei um gde poeta, perfeito.
Adorei a ideia do poema minuto.
O tempo não importa muito, mesmo.
O que realmente, faz toda a diferença é a intensidade.
Obrigada pela visita ao meu diário.
abs
Postar um comentário