25.5.10

Carta a Se


A paz, guerreira, é um esquecimento de si
um abandono das verdades que carregamos dentro
uma suspensão do certo e do errado
um tirocínio sem julgamento

É com a chuva, matar a sede
com o estio, caiar um muro
com o vento, zarpar
com a calmaria, afeiçoar-se

Não se luta contra a realidade
ela é o que é
é pegar ou largar
pegue-a

Faça dela seu estandarte
de dor e prazer
de surpresas e tédios
de tudo junte a ele a simbólica inscrição

E ria se alegre
e chore se triste
e ame se apaixonada
e grite se dói
viva, enfim, enquanto viva estiver

Depois, possa você sorrir
porque viveu a vida que tinha de ser

Um comentário:

Giovani Iemini disse...

hei,renato, belesma?

manda um texto pra eu colocar no blog do bar do escritor.
como convidado.
giovani.iemini arroba gmail.com
pode ser?

[]s

 
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