23.6.06

Mude Grande

Ande,
Desista de ser grande.

Seja meramente.
Grão de feijão
No tutu
Da gente.

Seja homem comum.
Viva a cada um
Os dias que vierem.

Diga não
Ao ímpeto
Da sua planta dos pés
Em abandonar o chão.

Seja, enfim, o que você é.
Branco no preto,
Nu e cru,
Vazio ou cheio.

Que o último suspiro
Inteiro o leve.

Um comentário:

Anônimo disse...

É engraçado quando isso acontece ... porque não surge todos os dias. Obrigada pela sensação, inigualável... que não me acomete todos os dias. Não abandone suas poesias, são lindas, muito boas... mesmo! Devorei-as tão rápido que ficaram com gostinho de BIS... áhhh quero mais! Rsrsrsrsrs
Engraçada a sensação, quando tudo parecia calmo, ela teimou em rolar e não me contive, me pergunto como poderia alguém pensar em deixar de escrevê-las... e não as peço por ti, as peço por mim e por todos aqueles que aqui viemos e aqui continuaremos.
São suas palavras que fazem falta na boca do mundo, Áh se todos deixassem de racionalizar tudo aquilo que deveriam sentir com o coração.
Pensei em retirar uns fragmentos que mais tinha gostado e pôr aqui, mas foram tantos... divagações...foram tantas as suscitadas por suas poesias...termino-as aqui com uma palavra: OBRIGADA!

 
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