7.9.07

Que todas sejam FLORAS, que o mundo seja quintais com pomares para nos nutrir e descansarmos das batalhas

Gil, meu Ministro da Cultura, que desde sempre investi nesse ministério,

obrigado por tudo. Mas principalmente pela seguinte lição, por aprendida por mim, do meu jeito, jeito que não quero parar de aprender jamais. Peço licença, para, com sentimento, exaltar seu magistério e também (por que não?), apresentar os meus apontamentos de aula.

A lição ministrada:

Flora

Imagino-te já idosa
Frondosa toda a folhagem
Multiplicada a ramagem
De agora

Tendo tudo transcorrido
Flores e frutos da imagem
Com que faço essa viagem
Pelo reino do teu nome
Ó, Flora

Imagino-te jaqueira
Postada à beira da estrada
Velha, forte, farta, bela
Senhora

Pelo chão, muitos caroços
Como que restos dos nossos
Próprios sonhos devorados
Pelo pássaro da aurora
Ó, Flora

Imagino-te futura
Ainda mais linda, madura
Pura no sabor de amor e
De amora

Toda aquela luz acesa
Na doçura e na beleza
Terei sono, com certeza
Debaixo da tua sombra
Ó, Flora

"A Arte Final"



A Musa:
Flora Tropicalista, subjaz raiz da Cultura
A Veja desta semana publica o perfil da agreste
Flora Gil, mulher desse ser tão baianamente preto Gil.
[ por força da política comercial da revista, o conteúdo com a íntegra da matéria só está liberada para a leitura e deleite de todos em duas ou três semanas, mas já foi pior]





Apontamento nº 1:

O Remédio cuja ausência Remedeia
(a Nane, o que de mais valor encontrei)

Dei-lhe a mão
e todo o meu mais.
Meu coração
pela vida inteira
dela será.
Servido à luz de sóis nascentes
e guarnecido de beijos inflamados,
ele terá nela,
enquanto bater,
a ventura adrenalina.

E caso ela não mais me queira,
não descansarei jamais,
como já descansei à sombra
do seu amor.
Porque ele,
um tanto acre, um tanto doce,
arrebatou-me
irremediavelmente.


Apontamento nº 2 :

MiAu


Que isso?
Um gata?

Não, é uma canção
que acredita
que não há dita:

a paz
entre
ferinas
e caninos;

entre
femininos
e masculinos:

é possível sim;

Por que
não?

Seria
a Vida!


Apontamento nº 3 :

Quimera Ardente


Conheci a ti,
ardor
em meu corpo:
por mim.

O tempo passa,
ardor
em meu corpo:
por ti.

Anos a fio,
ardor
em meu corpo:
renasci.

Envelhecemos,
ardor
em meu corpo:
me consumi.

Feneceste,
o ar é dor
em meu corpo:
me perdi.

O amor é fogo
que arde
e só parece doer.



Minha Musa:



Obrigado, ao senhor Ministro deste subúrbio da rede
chamado Parabolicamará e
Amigô de Monsieur Binot,
que espero conhecer, porque, pelo que ouvi:
já é.

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