Aonde vou
depois de tudo.
Depois de ninguém mais me ouvir ou ver
por ter-me tornado um nada invisível e mudo.
Não sei para onde vou,
mas sei que agora sou.
Depois não sei mais se serei
nem, se for, se serei pior ou melhor.
Sei onde estou a agora:
sobre essa terra que me dá chão,
ao sabor desta brisa que me beija inteiro.
O que sei é que estou vivo:
durmo e acordo,
como e bebo,
defeco e urino,
tenho amigos e inimigos,
prazeres e dores.
Vivo simplesmente a grandiosidade da vida que que me foi dada.
É o meu jeito de reverenciá-la,
de tentar sair dela quase a deixando como a encontrei:
sagrada e intocada para quem virá.
5.12.07
Modus vivendi
Postado por Unknown às 3:37 PM
Marcadores: ambiente, eternidade, ética, fidelidade à verdade, filia, futuro, o Outro, paz interior, presente, tempo, viver em sociedade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário