Ferve
Minha verve.
Quando Escrevo,
Exponho meu nervo.
Nervuras do real
Racham minha alma
Como raios
Na noite lúgubre.
A perfídia dos,
Como eu,
Homens
Instila
Na tinta negra
O seu fétido.
Assume o ar
O peso do rinoceronte
E sua cegueira o envenena;
Translúcido e opaco,
Sufoca-me
Por não me deixar
Olhar e ver
A minha face.
Ergo-me
Ao Espelho.
O visto
Apavora,
Devora.
Como narciso,
Terrificado,
Demora-me
A Eternidade
A Visão
De Mim(?).
O horror
Dessa Dor
Purga-me,
Apartando-me do humano Ser
Sem deixar de ser Humano
E passo vidas, então,
Aprendendo a só ser
Um Humano Ser Humano.
Publicado no e-zine 16 do Bar do Escritor
9.2.08
Narciso Terrificado
Postado por Unknown às 3:49 PM
Marcadores: auto-estima, auto-imagem, autocrítica, covardia, crise existencial, dor, eros, tanatos, tempo, trabalho psíquico, vaidade
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