Cada dia que viceja
é óbito dos dias idos
e antevisão embaçada de um devir incerto.
Não corroa assim o tempo:
carpindo o dia que se foi
ainda que antológico
ou de árduo horror.
prelibando o futuro
que, quimera,
é desejo lançado no abismo do nada.
Deixe todo o ontem na sua hora,
em algum arquivo esquecido
em um recanto da memória.
O futuro deixe ser o que será,
sem mapas, rotas, planos.
Arcano inalcançãvel,
tempo impreciso.
Viva intensamente o agora,
ele é todo glória,
resultado de todo o ontem morrido,
promessa incompleta de todo o amanhã ansiado.
8.11.07
Tão-Somente Agora
Postado por Unknown às 11:23 AM
Marcadores: autocrítica, eternidade, futuro, indecisão, leveza, liberdade, memórias, passado, paz interior, tempo, trabalho psíquico
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