Não poder ficar com os outros
por não ser como eles,
dói uma dor doida doída.
Considerar ser diferente das gentes:
mulheres,
gays,
negros,
pobres
ou loucos,
isso sim,
parece-me sandice.
Só não ando de chapéu-coco
para não parecer o que de fato sou
e doerem em mim
as dores doídas,
moendas doidas do espírito.
Já se usou
andar pelas cidades no verão de Jaquetão.
Hoje a ordem é terno e gravata,
com as as camisas devidamente compridas nas mangas.
Prefiro chupá-las, as mangas,
na paz das sombras das mangueiras,
de carlotas ou espadas,
lambrecando a barriga nua.
É só questão de predileção,
que pode não ser a sua.
23.10.07
O Que Fazer das Mangas?
Postado por Unknown às 3:00 PM
Marcadores: alimento, depressão, diferença, ditadura, dor, estética da alma, indecisão, infância, liberdade, loucura, paz interior, rio de janeiro, totalitarismo, trabalho psíquico, viver em sociedade
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